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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Biografia oculta de Enoque



“Jarede viveu cento e sessenta e dois anos e gerou a Enoque. Depois que gerou a Enoque, viveu Jarede oitocentos anos; e teve filhos e filhas. Todos os dias de Jarede foram novecentos e sessenta e dois anos; e morreu. Enoque viveu sessenta e cinco anos e gerou a Matusalém. Andou Enoque com Deus; e, depois que gerou a Matusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas. Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si”. 
– (Gênesis 5.18-24)

“Enoque – O homem que andava com Deus”

Eu gosto muito desta expressão: “Andar com Deus”.

Pra mim ela carrega em si mesma uma grande singularidade e relevância pra nossas vidas. 

Falar em: “Andar com Deus” remexe com muita coisa em nós. E nos faz repensar um pouco naquilo que vem a ser o centro da nossa espiritualidade hoje.

Através do exemplo de Enoque, eu aprendo o que é verdadeiramente valioso para o Senhor. Eu aprendo que muito mais importante do que ter ou fazer é SER.

Quando analisamos a curta biografia de Enoque vamos perceber que ele era um homem que não possuía grandes bens materiais. Digo isto pelo fato da Bíblia não fazer nenhuma menção aos seus bens, visto que era uma prática até comum aos escritores bíblicos, pois eles gostavam de narrar e contabilizar os bens de muitos personagens contidos em seus escritos. Assim como foi feito menção aos bens de Abraão, de Jó, e tantos outros personagens Bíblicos.

Percebo também que Enoque não era homem de grandes realizações. Pois a Bíblia também não relata nenhum grande feito de Enoque. Ao exemplo de Sansão, que com sua força realizou grandes obras a serviço do Senhor. Ou então como os valentes de Davi, que movidos de grande lealdade realizaram feitos notáveis. E porque não falar dos três jovens na fornalha e tantos outros.

É verdade!
Enoque não tinha. Enoque não fazia. Porém, Enoque era.

Enoque era o homem que “andava com Deus”.

Enoque não se importou em ter, ou fazer, mas tão somente em ser.

Enoque não tinha interesse de mostrar pra ninguém os seus bens, como uma autoafirmação da benção de Deus em sua vida. Nem tampouco se preocupava em mostrar as suas realizações, como uma evidência de espiritualidade, ou de uma auto intitulação de “Homem de Deus”.

Ele não estava interessado em mostrar pra ninguém que tinha essa “intimidade” com Deus. Pois ele o tinha! Ele “andava com Deus”.

Eu sei que em nossos dias, espiritualidade é medida proporcionalmente pelos bens que possuímos, ou pelos grandes "feitos" que realizamos em nome da religião. Mas em Enoque eu aprendo que, o que importa diante de Deus é aquilo o que eu sou, ou que pelo menos, que pretendo ser – Um homem que anda com Deus.

Quando estivermos “andando com Deus”, não vamos mais precisar de nenhum subsídio para evidenciar nossa comunhão com Ele. Pois ela se auto anunciará, assim como foi com Pedro na entrada do Sinédrio, quando seguia Jesus de espreita. – (Mateus 26.69-75) 

Quando estivermos “andando com Deus”, não precisaremos mais do marketing religioso para vender a nossa imagem pública diante das pessoas. Pois a única coisa que realmente terá importância pra nós será a benção de “andar com Deus”.

Que seja esta a nossa “marca”, o nosso “slogan”, o fator diferencial da nossa vida. Que o “Andar com Deus” seja algo extremamente contagiante, assim como foi na vida de Enoque que deixou seu exemplo, e que anos depois foi seguido pelo seu bisneto Noé.

“Porém Noé achou graça diante do Senhor... Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus“. – (Gênesis 6.8,9)

Noé é um daqueles anônimos da Bíblia. Daqueles que nada sabemos de seu passado, de sua história anterior. A única coisa que sabemos é que Deus o escolhe para uma grande tarefa. E o critério dessa escolha era porque ele “andava com Deus”.

Tomemos seu exemplo e obedeçamos à voz do Senhor que diz:

“Anda na minha presença...”. – (Gênesis 17.1)

Em Cristo.

Seu amigo na Web
Gilson C.

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